A atividade leiloeira envolve os mais diversos bens, sejam eles imóveis, máquinas, equipamentos industriais, automóveis, entre outros. Contudo, existe um nicho de mercado na esfera dos leilões: os bens de luxo. Artigos como peças de arte ou joalharia são dos mais comuns a serem leiloados, normalmente por grandes leiloeiras como a Sotheby’s ou a Christie’s.
Com a retoma dos leilões presenciais após o período mais crítico da pandemia, o mercado está mais recetivo a comprar bens tangíveis de elevado valor, pelo que surgem mais bens de luxo a leilão, sendo os mesmos bastante rentáveis do ponto de vista financeiro.
Alguns dos itens a leilão.
Peças de arte como a última criação de Debbie Wingham, um quadro do Burj Khalifa com 10.000 diamantes, revestido a pó de platina, está à venda por 1,7 milhões de euros. A singularidade da peça pode significar que, no futuro, a mesma possa ir a leilão por um valor superior ao qual está avaliada.
Por outro lado, jóias da rainha Maria Antonieta foram a leilão, arremessando valores incríveis. Um conjunto de pulseiras duplas compostas por três cordas de um total de 112 diamantes atingiram mais de 7 milhões de euros, enquanto um anel de diamante Fancy, com cerca de 7 quilates, chegou aos 9,5 milhões de euros, e um anel de diamante amarelo com 43 quilates (em conjunto com outro anel) foi arrematado por cerca de 3,8 milhões de euros.
Algumas das jóias da Grã-Duquesa Maria Pavlovna da Rússia vão também a leilão. Os itens a leilão incluem, entre outros, um anel de diamante com 26 quilates, estimado em mais de 5 milhões de euros, e um conjunto de um broche oval e um par de brincos de safira e diamantes Asscher, ambos com 26 quilates, que pode atingir valores entre os 4,4 e os 5,4 milhões de dólares (americanos).
Os valores arremessados neste tipo de leilão contrastam fortemente com o estereótipo de que a atividade leiloeira se baseia em artigos de baixo valor, reiterando a relevância e prevalência do nicho de luxo no mercado dos leilões.